O grande livro do Ho'oponopono - Resenha crítica - Jean Graciet
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O grande livro do Ho'oponopono - resenha crítica

O grande livro do Ho'oponopono Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Espiritualidade & Mindfulness

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The book of Ho'oponopono

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-3265-307-9

Editora: Vozes

Resenha crítica

Pequeno manual de instruções

A fórmula do Ho’oponopono é simples: basta repetir as seguintes palavras: sinto muito, perdão, obrigado, eu te amo. Assim, dessa forma, seguindo a mesma sequência, é fácil de recordá-las. E possuem um significado muito próprio a ser aplicado em seu dia a dia. 

O “sinto muito” reconhece sua criação, trata-se de entender que você erra. O “perdão” precisa ser dito porque nem sempre sabemos que temos um sentimento ruim dentro de nós. Ao dizer “obrigado”, nos permitimos limpar memórias ruins e expressamos gratidão ao Universo. Por fim, o “eu te amo” demonstra o carinho por sua Divindade Interior, tendo o mesmo significado de falar “eu me amo”. 

Use essa fórmula quando estiver diante de um conflito, uma reação violenta, um acidente, um trauma e tudo mais que possa despertar em você uma emoção forte e negativa. O Ho’oponopono pode ser dito em voz alta ou baixa, mentalmente, sem que mais ninguém ouça. 

Isso ressoa em seu espírito, em seus protetores, no Universo e em Deus. A fórmula também pode ser dita em momentos de paz, para apagar memórias surgidas involuntariamente. Como um mantra, repetido a qualquer momento do dia. 

Sempre que desejar absorver esses minutos de tranquilidade, repita o Ho’oponopono: na frente da televisão, escutando rádio, durante o horário de trabalho, navegando pela internet, sempre que desejar. 

Procure integrar a sensação transmitida por cada palavra e logo em seguida sinta a chegada da calma em seu coração. 

Origens do Ho'oponopono

Quando falamos de Ho’oponopono, estamos tratando de uma filosofia, um verdadeiro estado de espírito. Não se resume apenas a repetir palavras e esperar uma mudança milagrosa de vida. É preciso assimilar certas ideias e noções diferentes das tradições judaico-cristãs para aderir a essa prática de forma completa.

Suas origens vêm de uma tradição ancestral havaiana, cujo significado é “endireitar, harmonizar, corrigir o que está errado e reordenar”. Quando surgiam discórdias entre pessoas e problemas de relacionamento no meio de uma comunidade, havia reuniões entre os envolvidos para que se concedesse o perdão sob a orientação de um padre. 

Com o passar do tempo, a xamã e curandeira Morrnah Simeona, que atuava com plantas medicinais, simplificou o processo do Ho’oponopono, ajudando para que sua aplicação pudesse ser realizada sem a necessidade de um guia, um padre, ou um líder. Ela é a idealizadora dessa prática de forma mais solitária, em que o perdão, a paz e o amor são transmitidos de seu jeito, sem a necessidade de estar diante de outras pessoas.

E faz todo o sentido, já que é essencial começar perdoando a si próprio. Morrnah ainda constatou que, se ficamos carregados com o peso das memórias, o Ho’oponopono precisa também atuar para que possamos nos livrar delas, descobrindo a “Divindade” dentro de nós. Só assim é possível compreender a própria essência. 

Ao longo do tempo, o Ho’oponopono se popularizou, a ponto de ser aplicado até mesmo em ambientes como escolas, grupos terapêuticos, famílias e mesmo em penitenciárias, buscando melhorar o ambiente externo e também interno. 

A realidade física é uma criação dos pensamentos

Tudo o que acontece fora de nós nada mais é do que uma projeção de nossas mentes, por meio de crenças, pensamentos e memórias. No Ocidente, é comum pensar justamente o contrário, ressaltando o quanto as tradições judaico-cristãs preenchem nossa cultura, mesmo sem percebermos. 

Pare e pense: quantas vezes você acabou, automaticamente, jogando a responsabilidade por seus problemas nas costas dos outros, assumindo um papel de vítima e culpando o mundo por tudo que não funciona em sua vida? 

E o Ho’oponopono nos ensina justamente o contrário. Você é criador de 100% das coisas que lhe acontecem. De nada adianta adotar essa prática sem se responsabilizar por seu momento atual. E por mais difícil que seja aceitar esse fato, aí está a chave para a eliminação de memórias e sensações negativas. 

Sem integrar essa ideia, o Ho’oponopono não será eficiente. Isso porque um pensamento errado é capaz de criar uma realidade equivocada. Ao se conscientizar da necessidade de entender nosso interior para uma realidade de harmonia e paz, percebemos que o outro e o mundo exterior também dependem de nós. 

Assim, quando você se depara com uma situação desconhecida à sua frente, deverá se perguntar o que está acontecendo internamente e qual é o tipo de experiência a ser vivenciada dali em diante. Depois, assumindo 100% da responsabilidade pelos próprios sentimentos e criações de memórias, fica mais fácil de lidar também com os momentos difíceis que fatalmente nos atravessam. 

Lembre-se: seus pensamentos têm mais poder do que você pode imaginar. 

Do mundo psíquico à realidade quântica

Agora que já passamos da metade deste microbook, precisamos ressaltar que é comum ouvir em palestras e apresentações que o Ho’oponopono se resume a uma técnica de apagar memórias erradas, responsáveis por tantas situações desagradáveis com as quais nos deparamos no cotidiano. Dessa forma, ele nos libera de fardos que pesam sobre os ombros.

Mas vale a pena ressaltar as origens dessas memórias erradas. Segundo a Programação Neurolinguística, popularmente conhecida como PNL, todas nossas posições, decisões e escolhas são ligadas às crenças pessoais, alimentadas desde os primeiros anos de vida. 

Esses valores parecem tão evidentes para nós que ficam automatizados, comandando e direcionando todas as atitudes, seja na família, no trabalho, nos relacionamentos e em qualquer situação existente. São arraigados tão profundamente que sequer os notamos, por mais que eles tenham influência em tudo aquilo que fazemos. 

Quando as memórias são falsas e limitadoras, podem se tornar enganosas, culminando em comportamentos equivocados e atitudes insensatas. Se você considera que todas as pessoas são más, não conseguirá sair de casa. Se pensa que só o dinheiro é sinônimo de felicidade, passará por cima dos outros para crescer financeiramente. 

Só é possível entender que alimentamos valores irracionais se olhamos para nosso interior. E o Ho’oponopono tem papel fundamental nisso, permitindo identificar e eliminar, aos poucos, as memórias negativas. 

Da espiritualidade à abundância

Muita gente perdeu o interesse pela religião. Os motivos são variados, da intolerância ao comportamento extremo, da apropriação de poder aos líderes encarnando cada vez menos uma vida espiritual de fato. Mas não podemos deixar de reconhecer que é graças às religiões que cultivamos a noção de espiritualidade e debatemos a natureza humana. 

Atualmente, é comum conhecer pessoas que acreditam pura e unicamente na ciência, como se apenas os pensamentos cartesianos e racionais guardassem todas as respostas para o mundo ao redor. 

Ao longo dos anos e de muitos estudos em livros especializados, a autora entendeu que não era bem assim. O Ho’oponopono demonstra que a espiritualidade está além dos livros sagrados e dos dogmas, que alguns adeptos seguem de forma acrítica e sem nenhuma forma de contestação. 

Porque é entendendo o quanto dentro de nosso espírito são construídos os acontecimentos ao redor que percebemos a importância de cuidar de nossos pensamentos. Se tudo começa dentro de nós, uma vida abundante também tem a ver com o cultivo de crenças positivas, que podem ter a ver com uma nova visão de mundo, menos nociva a nosso próprio bem-estar. 

Mais uma vez, colocar em prática o Ho’oponopono fará toda a diferença na busca por uma virada para melhor, tanto interna quanto externamente. 

O Ho'oponopono e você

Você certamente já compreendeu como fazer para colocar essa prática em sua vida e quais os efeitos positivos que terá em sua rotina. E é fundamental interpretá-la como uma verdadeira arte, com um teor capaz de interferir diretamente em seu dia a dia.

O ideal é experimentar o  Ho’oponopono no momento em que julgar mais adequado. Comece da forma que lhe parecer mais propícia e confortável, sem levar em consideração regras rígidas, adequando-o ao seu dia a dia, a seus costumes, a sua maneira de lidar com seu próprio interior. 

Essa é a melhor maneira de não desistir, seguindo essa prática até que seus resultados possam ser visualizados com conquistas. 

Considere as frases “sinto muito”, “perdão”, “obrigado” e “eu te amo” como uma base, uma referência. Você pode enfeitá-las de acordo com seu humor. Também pode suprimi-las utilizando o mesmo critério. Algumas pessoas improvisam, outras preferem reduzi-las a um sucinto “obrigado, eu te amo”. 

É preciso, de fato, fazer das frases uma potência interior, uma conexão com nossa verdadeira natureza. Permita-se limpar as memórias erradas, aceitar sua parte sombria e ter gratidão com o Universo em meio à sua perfeição em todos os aspectos. 

O Ho’oponopono é uma chave perfeita para ficar em paz consigo mesmo e obter respostas às perguntas interiores. Vamos começar hoje mesmo? 

Notas finais 

Se, durante nossos primeiros anos de vida, aprendemos as chamadas "palavrinhas mágicas" para ter na educação e na cordialidade princípios básicos de convivência, o  Ho’oponopono traz em quatro expressões a chave para a mudança não só de estilo de vida, mas também a busca pela paz interior. Parece banal repetir “sinto muito”, “perdão”, “obrigado” e “eu te amo”, mas em uma sociedade tão cartesiana, que, de tão corrida, acaba esquecendo a importância da espiritualidade, elas podem fazer toda a diferença para reduzir o tamanho que traumas, culpas e memórias ruins podem ter em nosso dia a dia. Colocar o Ho’oponopono é buscar uma vida mais serena, pacífica e saudável. E essa é uma tarefa inadiável. 

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Quem escreveu o livro?

Jean Graciet é clínico em PNL e hipnose ericksoniana, especialista em pesquisas sobre o senti... (Leia mais)

Luc Bodin é diplomado em oncologia clínica, especializado em medicinas... (Leia mais)

Nathalie Lamboy é especialista em Ho’oponopono... (Leia mais)

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